A DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR

A DOENÇA DESCONHECIDA QUE CADA VEZ TEM MAIS IMPACTO NA NOSSA SOCIEDADE

POR PROF. DR. DAVID ÂNGELO

A geração Millennials (ou geração Y – nascidos entre 1980 e 1995) apresenta níveis elevados de preocupação, stress e de ansiedade. Cerca de 19% da geração Millennials sofre de ansiedade ou depressão. Se a ansiedade e a depressão são doenças bem conhecidas pela nossa sociedade, existe uma doença muitas vezes negligenciada, pouco conhecida da população que tem aumentado no decorrer dos anos: a disfunção temporomandibular (DTM). Estima-se que cerca de 34% da população apresente sinais e sintomas de disfunção temporomandibular (DTM). Mas porque é que esta patologia está a manifestar-se cada mais? O impacto do stress, da ansiedade e depressão pode ser diferente em cada um de nós, mas alguns estudos científicos realizados nos últimos anos relacionam esses fatores com um aumento da tensão nos maxilares. Segundo alguns estudos, a tensão constante nos maxilares pode ser responsável pela disfunção temporomandibular (DTM).

A Articulação Temporomandibular (ATM) localiza-se em frente aos ouvidos e permite articular os maxilares para que possamos falar, mastigar, bocejar sem dificuldade. Esta articulação é coordenada principalmente pelos músculos da mastigação. Quando esta articulação apresenta patologia, temos uma disfunção temporomandibular (DTM). As pessoas podem sentir: dor na face, na articulação (muitas vezes confundida com dores de ouvido), estalidos articulares, bloqueios ou limitação da abertura da boca, tensão muscular ou cervical, dores de cabeça.

Existe uma relação positiva entre os níveis de stress e ansiedade e a intensidade de alguns dos sintomas descritos. Em 2019, 68% dos doentes observados na minha consulta com patologia da articulação temporomandibular apresentavam níveis de stress superiores a 7 (numa escala de 0/10) e níveis de ansiedade moderada a grave (ansiedade medida através do sistema Generalized Anxiety Disorder 7). Embora os mecanismos de doença possam variar na etiologia: doenças autoimunes, trauma facial, etc., sabemos hoje que o stress e a ansiedade contribuem para aumentar a tensão nos maxilares o que pode conduzir a uma disfunção temporomandibular (DTM).

Numa fase inicial, exercícios de relaxamento, massagem e alongamentos dos músculos da face podem ser úteis para controlar os sintomas. Porém se os episódios forem mais frequentes (3 ou mais vezes num mês), ou com intensidade cada vez maior, procure um profissional especializado nesta patologia para lhe diagnosticar de forma rigorosa o tipo de disfunção temporomandibular (DTM) e desenvolver um plano de tratamento adequado para si.

Por Diogo Vilarinho 16 de janeiro de 2025
Tumores da Parótida A glândula parotídea é a maior de todas as glândulas salivares, sendo a mais frequentemente atingida por tumores. Destes, cerca de 80%, são tumores benignos, com os restantes 20% de natureza maligna. Estes tumores na maioria das vezes apresentam-se como massas indolores, de crescimento progressivo e sem outros sintomas associados. O tipo de tumor mais frequente da parótida é um tumor benigno, denominado de adenoma pleomórfico. Apesar de se tratar de um tumor benigno, apresenta um risco de malignização de 1.5% nos primeiros 5 anos, sendo que em tumores com mais de 15 anos de evolução o risco de transformação maligna pode ser superior a 10%. Além do tempo de evolução da doença, existem outros factores de risco importantes como sejam: a idade avançada do doente; ter realizado radioterapia na região do pescoço e da cabeça; tumor de grandes dimensões ou recorrentes. O tratamento de eleição para estes tumores é a cirurgia, com a excisão completa do mesmo. Trata-se de uma cirurgia extremamente delicada e que consiste na separação do tumor do restante tecido saudável, com preservação do nervo facial, o nervo responsável pela mobilidade da face. Tenho um tumor, será que preciso de ser operado(a)? Um estudo recentemente publicado tentou perceber qual o melhor tratamento para os tumores da parótida. Para tal, os autores compararam duas opções de tratamento: cirurgia versus observação/vigilância. Ponderaram os riscos de transformação maligna do tumor e o risco de complicações da cirurgia e anestesia. Chegaram às seguintes conclusões: – abaixo dos 70 anos a cirurgia apresenta menos riscos, sendo o procedimentos de eleição; – entre os 70 e os 80 anos, ambas as condutas apresentam o mesmo benefício; – acima dos 83 anos a opção de vigilância/observação era a mais favorável. Este estudo apresenta contudo algumas questões: – apenas diz respeito a um tipo de tumor da parótida, não se aplicando a todos os outros; – a idade real/cronológica muitas vezes não reflecte o estado geral do indivíduo, devendo ter-se em linha de conta os antecedentes da pessoa e as doenças que apresenta; – o estudo apenas considerou que a indicação para a cirurgia é pelo risco de transformação maligna, mas existem outras indicações, como sejam a deformação facial, o stress/preocupação causado pela presença de um tumor, por exemplo. Estes aspectos não foram equacionados nesta análise. Dr. Tiago Costa
Por Carlos Pereira 7 de janeiro de 2025
Envelhecimento da voz O envelhecimento da voz, ou presbifonia, é um processo fisiológico que está relacionado com alterações normais que ocorrem ao nível da mucosa, músculos, cartilagens e articulações. As principais queixas são: – uma voz mais instável, fraca, mais rouca ou soprosa; – diminuição da capacidade de controlar as alterações da frequência e da intensidade; – cansaço fácil quando fala por longos períodos; – quebras na fala; – tensão muscular na região cervical. Estes sintomas habitualmente agravam ao longo do dia, variando o impacto de acordo com as exigências sociais e profissionais de cada indivíduo. Como pode melhorar da sua voz? A abordagem inicial passa por realização de terapia da fala e pela adoção de medidas simples, nomeadamente: aumento da hidratação; não fumar; não pigarrear e reduzir tensão muscular da laringe e da região cervical com exercícios de relaxamento/massagens. A intervenção cirúrgica mais frequentemente associada à melhoria da qualidade vocal, é a injeção de ácido hialurónico nas cordas vocais (à semelhança do que é utilizado para correção de rugas). Trata-se de um procedimento simples e rápido que permite recuperar a qualidade da sua voz e corrigir parte dos problemas. Pode ainda optar-se pela injecção de outras substâncias como hidroxiapatite de cálcio ou ainda gordura, para aumentar a duração do tratamento.
Por Lara Faria 18 de dezembro de 2024
O cancro da língua é um tipo de cancro da cabeça e do pescoço, que é o 6º cancro mais comum no mundo. Este tipo de cancro pode afectar qualquer tipo de pessoa, sendo que na maioria dos casos ocorre em associação com o consumo de álcool e tabaco. Outro factor de risco para o desenvolvimento deste cancro é a infecção por HPV.
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