Unidade do Instituto Português da Face que se dedica ao diagnóstico, tratamento, reabilitação e educação associados a esta malformação, bem como outras malformações orofaciais que dificultem a lactação.
A Fenda Lábio-Palatina é uma malformação que ocorre durante a gestação. Trata-se de uma fusão incompleta das estruturas da cavidade oral afetando o desenvolvimento normal do nariz, lábio e palato.
A sua extensão é variável e pode afetar a região do palato (fenda palatina), a região labial (fenda labial ou lábio leporino) ou ambas.
As crianças que nascem com fenda apresentam alterações fisionômicas ao nível da face que contribuem para várias limitações diárias, entre as quais:
Como a criança é afetada em termos fisionômicos, deve-se ainda considerar o impacto psicológico na mesma.
O diagnóstico desta malformação ocorre, tipicamente, durante a gravidez (a partir do 2º trimestre) através de ecografia. Após o diagnóstico, a família deve ser acompanhada por uma equipa diferenciada, inclusive antes do parto.
O protocolo de tratamento do Instituto Português da Face baseia-se na individualização de cada caso através de um estudo completo das estruturas afetadas, além de um acompanhamento multidisciplinar que promove um melhor resultado funcional e estético durante todo o crescimento.
A abordagem numa fase inicial permitirá que o desenvolvimento da face seja mais harmonioso e evita tratamentos mais complexos no futuro.
Após a ecografia em que é realizado o diagnóstico, a nossa equipa faz o acompanhamento da família, bem como a preparação para o nascimento. Nesta fase, esclarecem-se as primeiras dúvidas e receios da família. É uma fase importante de educação ao nível dos cuidados após nascimento e de planeamento das próximas etapas.
O nosso protocolo inclui acompanhamento de psicologia, terapia da fala, enfermagem e cirurgia.
Nos primeiros dias após o nascimento, o recém nascido é observado em consulta multidisciplinar com o cirurgião e o terapeuta da fala, onde, pela primeira vez, se observa o bebé, avaliam-se as estruturas associadas à malformação e define-se o plano de tratamento, de acordo com a caracterização da fenda.
O plano de tratamento cirúrgico a adotar depende das características da má formação, nomeadamente das estruturas que afetam. Tipicamente, a primeira cirurgia ocorre nos primeiros meses de vida.
No Instituto Português da Face, dispomos de diferentes opções cirúrgicas para adaptar a cada caso:
1. Queiloplastia: é uma cirurgia que tem como objetivo o encerramento da fenda labial. Se aplicável, pode ser realizada uma reconstrução nasal primária no mesmo tempo cirúrgico. Normalmente está indicada entre os 3 e os 6 meses.
2. Palatoplastia: tem como objetivo o encerramento das estruturas do palato secundário - o palato duro, o palato mole e a úvula. Normalmente está indicada a partir do 9º mês.
3. Velo Faringoplastia: é uma cirurgia na região do palato e tem como objetivo melhorar a fala quando esta é anasalada. Está indicada a sua realização entre os 2 e os 3 anos.
4. Enxerto ósseo alveolar: tem como objetivo preencher a fenda óssea na região alveolar, aumentar a estabilidade do maxilar e permitir a erupção dentária na zona do enxerto. Pode ser realizado em diferentes idades a partir dos 2 anos.
5. Expansão maxilar: é uma cirurgia que tem como objetivo a distração do maxilar superior.
6. Cirurgia Ortognática: tem como objetivo corrigir deformidades dento faciais resultantes da malformação e que se verifiquem após o crescimento completo do paciente. Por isso, está indicada a partir da idade adulta.
7. Rinoplastia:
já numa fase adulta, pode-se correr a esta cirurgia com o objetivo de promover alterações funcionais ou estéticas às estruturas nasais.
A ortopedia dentofacial e a ortodontia acompanharão o paciente ao longo dos anos, de forma a acompanharem e proporcionarem um melhor desenvolvimento e crescimento dos maxilares. Dependendo do tipo de fenda, estas áreas terapêuticas podem acompanhar a criança desde o primeiro mês, até à idade adulta.
As sessões de terapia da fala iniciam na fase pré natal, sendo uma ferramenta importante para preparar da melhor forma a alimentação do recém nascido. Além disso, ao longo das diferentes fases da vida da criança, é importante um acompanhamento próximo da terapia da fala, sobretudo em fases de introdução de nova alimentação ou quando a criança começa a dizer as primeiras palavras.
Outras alterações orofaciais em recém nascidos
Há alterações dentofaciais nos recém nascidos que podem ter impacto na lactação. Sendo que o leite materno apresenta inúmeros benefícios para o recém nascido, é importante que estas alterações não tenham um impacto negativo quer para o bebé, quer para o conforto da mãe.
Há casos em que a dificuldade de adaptação deve-se a alterações orofaciais como o freio lingual ou labial curtos. Estes podem impedir o incorreto posicionamento da língua ou do lábio e causar uma pega desadequada.
A correção do freio lingual ou labial é simples e rápido e permitirá uma amamentação adequada e menos desconfortável e dolorosa para as mães.
* CHAMADA PARA A REDE FIXA NACIONAL
SOMOS INTERMEDIÁRIOS DE CRÉDITO, Nº 0006091
POLÍTICA DE PRIVACIDADE - POLÍTICA DE COOKIES - LIVRO DE RECLAMAÇÕES
© ALL RIGHTS RESERVED TO IPFACE - INSTITUTO PORTUGUÊS DA FACE - POWERED BY PÁGINAS AMARELAS