FENDA LÁBIO-PALATINA

DEPARTAMENTO DA FENDA LÁBIO-PALATINA

Unidade do Instituto Português da Face que se dedica ao diagnóstico, tratamento, reabilitação e educação associados a esta malformação, bem como outras malformações orofaciais que dificultem a lactação.

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O QUE É A FENDA LÁBIO-PALATINA?

A Fenda Lábio-Palatina é uma malformação que ocorre durante a gestação. Trata-se de uma fusão incompleta das estruturas da cavidade oral afetando o desenvolvimento normal do nariz, lábio e palato.

 

A sua extensão é variável e pode afetar a região do palato (fenda palatina), a região labial (fenda labial ou lábio leporino) ou ambas.

  • A fenda palatina ocorre quando o palato apresenta uma comunicação direta com a cavidade nasal.
  • A fenda labial (ou lábio leporino) manifesta-se no lábio superior e pode prolongar-se até ao nariz.
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Quais as consequências do nascimento com uma Fenda Lábio-Palatina?

As crianças que nascem com fenda apresentam alterações fisionômicas ao nível da face que contribuem para várias limitações diárias, entre as quais:

  • Dificuldade em alimentar-se. A sucção e a deglutição tornam-se difíceis e podem ter riscos associados;
  • Limitação ao nível da audição e frequência elevada de otites;
  • Desenvolvimento dentário afetado ao nível do posicionamento, formato, tamanho e número de dentes;
  • Comprometimento do desenvolvimento da fala.

 

Como a criança é afetada em termos fisionômicos, deve-se ainda considerar o impacto psicológico na mesma.

Como é realizado o diagnóstico de uma Fenda Lábio-Palatina?

O diagnóstico desta malformação ocorre, tipicamente, durante a gravidez (a partir do 2º trimestre) através de ecografia. Após o diagnóstico, a família deve ser acompanhada por uma equipa diferenciada, inclusive antes do parto.

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TRATAMENTOS PARA A FENDA LÁBIO-PALATINA

o protocolo multidisciplinar do Instituto Português da Face

O protocolo de tratamento do Instituto Português da Face baseia-se na individualização de cada caso através de um estudo completo das estruturas afetadas, além de um acompanhamento multidisciplinar que promove um melhor resultado funcional e estético durante todo o crescimento. 

 

A abordagem numa fase inicial permitirá que o desenvolvimento da face seja mais harmonioso e evita tratamentos mais complexos no futuro.

A) Acompanhamento pré-natal

Após a ecografia em que é realizado o diagnóstico, a nossa equipa faz o acompanhamento da família, bem como a preparação para o nascimento. Nesta fase, esclarecem-se as primeiras dúvidas e receios da família. É uma fase importante de educação ao nível dos cuidados após nascimento e de planeamento das próximas etapas.


O nosso protocolo inclui acompanhamento de psicologia, terapia da fala, enfermagem e cirurgia.

B) Primeira consulta após nascimento

Nos primeiros dias após o nascimento, o recém nascido é observado em consulta multidisciplinar com o cirurgião e o terapeuta da fala, onde, pela primeira vez, se observa o bebé, avaliam-se as estruturas associadas à malformação e define-se o plano de tratamento, de acordo com a caracterização da fenda.

C) Tratamento Cirúrgico

O plano de tratamento cirúrgico a adotar depende das características da má formação, nomeadamente das estruturas que afetam. Tipicamente, a primeira cirurgia ocorre nos primeiros meses de vida.


No Instituto Português da Face, dispomos de diferentes opções cirúrgicas para adaptar a cada caso:

1. Queiloplastia: é uma cirurgia que tem como objetivo o encerramento da fenda labial. Se aplicável, pode ser realizada uma reconstrução nasal primária no mesmo tempo cirúrgico. Normalmente está indicada entre os 3 e os 6 meses.

2. Palatoplastia: tem como objetivo o encerramento das estruturas do palato secundário - o palato duro, o palato mole e a úvula. Normalmente está indicada a partir do 9º mês.

3. Velo Faringoplastia: é uma cirurgia na região do palato e tem como objetivo melhorar a fala quando esta é anasalada. Está indicada a sua realização entre os 2 e os 3 anos.

4. Enxerto ósseo alveolar: tem como objetivo preencher a fenda óssea na região alveolar, aumentar a estabilidade do maxilar e permitir a erupção dentária na zona do enxerto. Pode ser realizado em diferentes idades a partir dos 2 anos.

5. Expansão maxilar: é uma cirurgia que tem como objetivo a distração do maxilar superior.

6. Cirurgia Ortognática: tem como objetivo corrigir deformidades dento faciais resultantes da malformação e que se verifiquem após o crescimento completo do paciente. Por isso, está indicada a partir da idade adulta.

7. Rinoplastia: já numa fase adulta, pode-se correr a esta cirurgia com o objetivo de promover alterações funcionais ou estéticas às estruturas nasais.

D) ORTOPEDIA DENTO FACIAL E ORTODONTIA

A ortopedia dentofacial e a ortodontia acompanharão o paciente ao longo dos anos, de forma a acompanharem e proporcionarem um melhor desenvolvimento e crescimento dos maxilares. Dependendo do tipo de fenda, estas áreas terapêuticas podem acompanhar a criança desde o primeiro mês, até à idade adulta.

E) Terapia da Fala

As sessões de terapia da fala iniciam na fase pré natal, sendo uma ferramenta importante para preparar da melhor forma a alimentação do recém nascido. Além disso, ao longo das diferentes fases da vida da criança, é importante um acompanhamento próximo da terapia da fala, sobretudo em fases de introdução de nova alimentação ou quando a criança começa a dizer as primeiras palavras.

Outras alterações orofaciais em recém nascidos

Há alterações dentofaciais nos recém nascidos que podem ter impacto na lactação. Sendo que o leite materno apresenta inúmeros benefícios para o recém nascido, é importante que estas alterações não tenham um impacto negativo quer para o bebé, quer para o conforto da mãe.


Há casos em que a dificuldade de adaptação deve-se a alterações orofaciais como o freio lingual ou labial curtos. Estes podem impedir o incorreto posicionamento da língua ou do lábio e causar uma pega desadequada.


A correção do freio lingual ou labial é simples e rápido e permitirá uma amamentação adequada e menos desconfortável e dolorosa para as mães.

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