DIA EUROPEU DA ENXAQUECA

DIA 12 SETEMBRO É DIA EUROPEU DA ENXAQUECA

POR DRA. LIA LEITÃO

A enxaqueca é um tipo de dor de cabeça extremamente frequente, com uma prevalência estimada de 15% a nível mundial. É a principal causa de incapacidade de origem neurológica em todo o mundo, superior a doenças como doença de Alzheimer ou Epilepsia. A enxaqueca acarreta um impacto significativo não só do ponto de vista pessoal e familiar, mas também com importante repercussão sócio-laboral, traduzindo-se em absentismo e diminuição de produtividade.


Tem início geralmente na idade jovem-adulta, com predomínio nas mulheres.


A enxaqueca tem uma frequência variável, podendo ocorrer uma a duas vezes por ano ou manifestar-se com crises quase diárias. Uma crise pode durar algumas horas até 3 dias. A dor afeta tipicamente um lado da cabeça, é pulsátil (como se fosse o ‘coração a bater’) e acompanha-se de náuseas/vómitos. Normalmente, as pessoas com dor são intolerantes a estímulos luminosos, ao barulho, a determinados cheiros e a dor pode ainda agravar com certos movimentos ou com esforços físicos.


Em até 15% dos casos, a enxaqueca pode ser precedida de aura, um fenómeno caracterizado por: alterações visuais (perda de metade do campo visual ou flashs luminosos), dificuldade na produção do discurso, alterações da sensibilidade (formigueiros ou dormências) ou da força muscular nos membros.


A terapêutica da enxaqueca assenta em duas abordagens: tratamento sintomático das crises e tratamento preventivo. O primeiro tem como objetivo eliminar a dor. O doente deverá procurar um local calmo e escuro e, se necessário, utilizar fármacos como analgésicos ou anti-inflamatórios. Se as crises se tornarem muito frequentes ou de grande intensidade poderá ser instituído um tratamento profilático, isto é, um tratamento para prevenir a sua recorrência. É nesta fase que deverá procurar ajuda junto do seu Médico de Família ou Neurologista.


Por fim, é de realçar a importância das medidas não farmacológicas, que permitem controlar os fatores desencadeantes das crises e em última análise melhorar a sua qualidade de vida. A aquisição de estilos de vida saudável, como a prática de exercício físico regular e a adoção de uma boa higiene do sono são fundamentais. Além disso, deverá optar por uma alimentação cuidada, evitando longos períodos de jejum e potenciais alimentos precipitantes (como chocolate, citrinos, condimentos ou bebidas alcoólicas, como o vinho tinto).


Se tiver dúvidas contacte a nossa equipa.

Por Diogo Vilarinho 16 de janeiro de 2025
Tumores da Parótida A glândula parotídea é a maior de todas as glândulas salivares, sendo a mais frequentemente atingida por tumores. Destes, cerca de 80%, são tumores benignos, com os restantes 20% de natureza maligna. Estes tumores na maioria das vezes apresentam-se como massas indolores, de crescimento progressivo e sem outros sintomas associados. O tipo de tumor mais frequente da parótida é um tumor benigno, denominado de adenoma pleomórfico. Apesar de se tratar de um tumor benigno, apresenta um risco de malignização de 1.5% nos primeiros 5 anos, sendo que em tumores com mais de 15 anos de evolução o risco de transformação maligna pode ser superior a 10%. Além do tempo de evolução da doença, existem outros factores de risco importantes como sejam: a idade avançada do doente; ter realizado radioterapia na região do pescoço e da cabeça; tumor de grandes dimensões ou recorrentes. O tratamento de eleição para estes tumores é a cirurgia, com a excisão completa do mesmo. Trata-se de uma cirurgia extremamente delicada e que consiste na separação do tumor do restante tecido saudável, com preservação do nervo facial, o nervo responsável pela mobilidade da face. Tenho um tumor, será que preciso de ser operado(a)? Um estudo recentemente publicado tentou perceber qual o melhor tratamento para os tumores da parótida. Para tal, os autores compararam duas opções de tratamento: cirurgia versus observação/vigilância. Ponderaram os riscos de transformação maligna do tumor e o risco de complicações da cirurgia e anestesia. Chegaram às seguintes conclusões: – abaixo dos 70 anos a cirurgia apresenta menos riscos, sendo o procedimentos de eleição; – entre os 70 e os 80 anos, ambas as condutas apresentam o mesmo benefício; – acima dos 83 anos a opção de vigilância/observação era a mais favorável. Este estudo apresenta contudo algumas questões: – apenas diz respeito a um tipo de tumor da parótida, não se aplicando a todos os outros; – a idade real/cronológica muitas vezes não reflecte o estado geral do indivíduo, devendo ter-se em linha de conta os antecedentes da pessoa e as doenças que apresenta; – o estudo apenas considerou que a indicação para a cirurgia é pelo risco de transformação maligna, mas existem outras indicações, como sejam a deformação facial, o stress/preocupação causado pela presença de um tumor, por exemplo. Estes aspectos não foram equacionados nesta análise. Dr. Tiago Costa
Por Carlos Pereira 7 de janeiro de 2025
Envelhecimento da voz O envelhecimento da voz, ou presbifonia, é um processo fisiológico que está relacionado com alterações normais que ocorrem ao nível da mucosa, músculos, cartilagens e articulações. As principais queixas são: – uma voz mais instável, fraca, mais rouca ou soprosa; – diminuição da capacidade de controlar as alterações da frequência e da intensidade; – cansaço fácil quando fala por longos períodos; – quebras na fala; – tensão muscular na região cervical. Estes sintomas habitualmente agravam ao longo do dia, variando o impacto de acordo com as exigências sociais e profissionais de cada indivíduo. Como pode melhorar da sua voz? A abordagem inicial passa por realização de terapia da fala e pela adoção de medidas simples, nomeadamente: aumento da hidratação; não fumar; não pigarrear e reduzir tensão muscular da laringe e da região cervical com exercícios de relaxamento/massagens. A intervenção cirúrgica mais frequentemente associada à melhoria da qualidade vocal, é a injeção de ácido hialurónico nas cordas vocais (à semelhança do que é utilizado para correção de rugas). Trata-se de um procedimento simples e rápido que permite recuperar a qualidade da sua voz e corrigir parte dos problemas. Pode ainda optar-se pela injecção de outras substâncias como hidroxiapatite de cálcio ou ainda gordura, para aumentar a duração do tratamento.
Por Lara Faria 18 de dezembro de 2024
O cancro da língua é um tipo de cancro da cabeça e do pescoço, que é o 6º cancro mais comum no mundo. Este tipo de cancro pode afectar qualquer tipo de pessoa, sendo que na maioria dos casos ocorre em associação com o consumo de álcool e tabaco. Outro factor de risco para o desenvolvimento deste cancro é a infecção por HPV.
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