A curiosidade clínica e a ânsia de poder contribuir para o aumento do património científico foram os ingredientes chave que me levaram a iniciar o meu Doutoramento em Medicina há 5 anos. Quando defini este objetivo de longa duração, sabia que seria necessário um longo caminho de esforço, dedicação e muita autodisciplina para ser bem sucedido. Não sabia, no entanto, que planear, executar e interpretar tamanha quantidade de informação seria um dos maiores desafios da minha vida! Podemos comparar um objetivo de curta duração com um sprint e um objetivo de longa duração com uma maratona. Um maratonista sabe gerir as suas energias ao longo da corrida, da mesma forma que um investigador deve, num estudo de 5 anos, interpretar e divulgar a informação que vai obtendo com cautela. Nem sempre é fácil fazê-lo quando se vive com entusiasmo cada momento.
Quando escolhi fazer da Medicina a minha profissão, sabia que teria de estudar ao longo da vida para me manter atualizado e assim prestar os melhores cuidados a quem me procurasse. Todavia, não tendo essa busca pela informação de passar obrigatoriamente por um Doutoramento, considerei que esta etapa académica fosse a oportunidade ideal para desenvolver um projeto que há muito me inquietava: queria perceber com rigor o efeito de duas técnicas cirúrgicas que uso com frequência nos meus doentes: a discectomia e a discopexia da Articulação Temporomandibular (ATM).
Após um longo percurso de persistência, o sonho tornou-se realidade e, no passado dia 25 de Maio de 2018, defendi a tese deste projeto de investigação, na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa. Foi o culminar de um percurso que muita aprendizagem me trouxe, bem como a honra de ver o meu trabalho reconhecido com diversas publicações científicas em meios de prestígio como a revista médica Morphologie ou a revista médica Canadiana JMIR. As conclusões finais da investigação foram publicadas com 2 artigos na revista europeia Journal of CranioMaxilofacial Surgery.
No dia da defesa da tese o nervosismo era algum, confesso. Afinal, era a última etapa de um longo percurso, de horas e horas dedicadas a este tema, que pareciam resumir-se a este momento final. Perante um prestigiado júri* de sete médicos doutorados, ilustres referências na Medicina, os meus pais, a minha noiva, amigos, colegas e a minha equipa do Instituto Português da Face – todos reunidos para assistirem a este grande momento -, sentia a grande responsabilidade e expectativa perante a minha pessoa. O alívio chegou quando um dos elementos do júri comparou a minha atitude, persistência e irreverência à tenacidade do português nobel da medicina, Egas Moniz. A prestação resultou na obtenção do grau de doutor com distinção e louvor por unanimidade. Não posso, de forma alguma, deixar de agradecer ao meu orientador, família e a todos os que me acompanharam durante este percurso.
E agora, qual será a próxima meta?
*Júri:
* CHAMADA PARA A REDE FIXA NACIONAL
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