A relação entre a Mastigação e as Disfunções Temporomandibulares

Mastigar sempre do mesmo lado pode ser um problema?

A relação entre a mastigação e as disfunções temporomandibulares: mastigar sempre do mesmo lado pode ser um problema?

Mastigar representa uma ação aparentemente simples e automatizada no nosso dia a dia. Poucas pessoas têm consciência da sua forma de mastigar, no entanto a mastigação desempenha um papel vital na nossa sobrevivência e também na nossa saúde oral e bem-estar geral.

Agora que já está mais atento, tente perceber se é uma daquelas pessoas que mastiga sempre do mesmo lado. Se sim, é provável que esteja a provocar um desequilíbrio da sua articulação temporomandibular.

Uma das principais preocupações da mastigação unilateral é a sobrecarga excessiva da articulação temporomandibular e da musculatura acessória de um lado podendo provocar um desequilíbrio na biomecânica articular. Com o tempo, pode resultar em dor, inflamação e/ou dificuldade do movimento mandibular. Além disso, os músculos envolvidos na mastigação podem ficar mais sobrecarregados, provocando tensão e fadiga num lado da face.

É essencial compreender que as disfunções temporomandibulares têm uma etiologia mutifactorial, mas a mastigação unilateral, pode contribuir para agravar a patologia existente. Outros fatores como o stress, o bruxismo (ranger os dentes) e a má postura também podem contribuir para as disfunções temporomandibulares.

Uma das abordagens mais simples é ter consciência dos nossos hábitos de mastigação e tentar alternar o lado da mastigação. Teoricamente, devemos mudar de lado a cada 5 ciclo mastigatório. Isto permitirá uma distribuição mais uniforme da pressão sobre a articulação e dos músculos, evitando sobrecargas desnecessárias. Ter consciência dos hábitos de mastigação e procurar orientação profissional são passos essenciais para proteger a nossa saúde oral e prevenir complicações associadas à patologia da articulação temporomandibular. Cuidar da nossa mandíbula significa cuidar da nossa qualidade de vida como um todo.
Por Diogo Vilarinho 16 de janeiro de 2025
Tumores da Parótida A glândula parotídea é a maior de todas as glândulas salivares, sendo a mais frequentemente atingida por tumores. Destes, cerca de 80%, são tumores benignos, com os restantes 20% de natureza maligna. Estes tumores na maioria das vezes apresentam-se como massas indolores, de crescimento progressivo e sem outros sintomas associados. O tipo de tumor mais frequente da parótida é um tumor benigno, denominado de adenoma pleomórfico. Apesar de se tratar de um tumor benigno, apresenta um risco de malignização de 1.5% nos primeiros 5 anos, sendo que em tumores com mais de 15 anos de evolução o risco de transformação maligna pode ser superior a 10%. Além do tempo de evolução da doença, existem outros factores de risco importantes como sejam: a idade avançada do doente; ter realizado radioterapia na região do pescoço e da cabeça; tumor de grandes dimensões ou recorrentes. O tratamento de eleição para estes tumores é a cirurgia, com a excisão completa do mesmo. Trata-se de uma cirurgia extremamente delicada e que consiste na separação do tumor do restante tecido saudável, com preservação do nervo facial, o nervo responsável pela mobilidade da face. Tenho um tumor, será que preciso de ser operado(a)? Um estudo recentemente publicado tentou perceber qual o melhor tratamento para os tumores da parótida. Para tal, os autores compararam duas opções de tratamento: cirurgia versus observação/vigilância. Ponderaram os riscos de transformação maligna do tumor e o risco de complicações da cirurgia e anestesia. Chegaram às seguintes conclusões: – abaixo dos 70 anos a cirurgia apresenta menos riscos, sendo o procedimentos de eleição; – entre os 70 e os 80 anos, ambas as condutas apresentam o mesmo benefício; – acima dos 83 anos a opção de vigilância/observação era a mais favorável. Este estudo apresenta contudo algumas questões: – apenas diz respeito a um tipo de tumor da parótida, não se aplicando a todos os outros; – a idade real/cronológica muitas vezes não reflecte o estado geral do indivíduo, devendo ter-se em linha de conta os antecedentes da pessoa e as doenças que apresenta; – o estudo apenas considerou que a indicação para a cirurgia é pelo risco de transformação maligna, mas existem outras indicações, como sejam a deformação facial, o stress/preocupação causado pela presença de um tumor, por exemplo. Estes aspectos não foram equacionados nesta análise. Dr. Tiago Costa
Por Carlos Pereira 7 de janeiro de 2025
Envelhecimento da voz O envelhecimento da voz, ou presbifonia, é um processo fisiológico que está relacionado com alterações normais que ocorrem ao nível da mucosa, músculos, cartilagens e articulações. As principais queixas são: – uma voz mais instável, fraca, mais rouca ou soprosa; – diminuição da capacidade de controlar as alterações da frequência e da intensidade; – cansaço fácil quando fala por longos períodos; – quebras na fala; – tensão muscular na região cervical. Estes sintomas habitualmente agravam ao longo do dia, variando o impacto de acordo com as exigências sociais e profissionais de cada indivíduo. Como pode melhorar da sua voz? A abordagem inicial passa por realização de terapia da fala e pela adoção de medidas simples, nomeadamente: aumento da hidratação; não fumar; não pigarrear e reduzir tensão muscular da laringe e da região cervical com exercícios de relaxamento/massagens. A intervenção cirúrgica mais frequentemente associada à melhoria da qualidade vocal, é a injeção de ácido hialurónico nas cordas vocais (à semelhança do que é utilizado para correção de rugas). Trata-se de um procedimento simples e rápido que permite recuperar a qualidade da sua voz e corrigir parte dos problemas. Pode ainda optar-se pela injecção de outras substâncias como hidroxiapatite de cálcio ou ainda gordura, para aumentar a duração do tratamento.
Por Lara Faria 18 de dezembro de 2024
O cancro da língua é um tipo de cancro da cabeça e do pescoço, que é o 6º cancro mais comum no mundo. Este tipo de cancro pode afectar qualquer tipo de pessoa, sendo que na maioria dos casos ocorre em associação com o consumo de álcool e tabaco. Outro factor de risco para o desenvolvimento deste cancro é a infecção por HPV.
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