Mudanças no estilo de vida para controlar as disfunções temporomandibulares

Disfunções temporomandibulares

As disfunções temporomandibulares (DTM) abrangem uma série de condições que afetam a articulação temporomandibular (ATM) e os músculos adjancentes, podendo ser responsáveis por dor nos maxilares, limitação no movimento da boca e desconforto na região orofacial. As disfunções temporomandibulares afetam milhões de pessoas em todo o mundo; mesmo que a avaliação profissional e o tratamento sejam essenciais, a incorporação de mudanças no estilo de vida podem ajudar de forma significativa o tratamento das DTM e o alívio dos sintomas. Algumas técnicas de redução do stress, nutrição e pequenas dicas posturais podem ajudar as pessoas a controlar a DTM e melhorar a sua qualidade de vida.


Técnicas para redução de stress:

O stress pode contribuir de forma muito significativa para as DTM disfunções temporomandibulares, pois muitas vezes conduz ao apertamento dos dentes/maxilares e ao ranger dos dentes, agravando os sintomas. A introdução de técnicas para redução do stress pode desempenhar um papel fundamental no controlo das DTM. Atividades como meditação, exercícios de respiração profunda, ioga e práticas de consciência do momento presente, podem ajudar as pessoas a relaxar os músculos faciais/mastigatórios e reduzir a tensão da mandíbula. Ao incorporar essas técnicas na sua rotina diária, os doentes com DTM podem aliviar e mesmo inibir o ciclo de sintomas induzidos pelo stress.


Nutrição:

A nutrição adequada é vital para manter a saúde geral e também pode melhorar os sintomas das DTM. Evitar alimentos muito duros ou muito crocantes que exercem uma pressão excessiva sobre a articulação temporomandibular podem ser benéficos. Em vez disso, recomendamos uma dieta mais leve que inclua frutas, vegetais e proteínas magras. Além disso, reduzir o consumo de cafeína, álcool e tabaco pode contribuir para a diminuição do apertamento dentário e o ranger dos dentes. Manter-se bem hidratado é igualmente importante, pois a desidratação pode intensificar a tensão muscular.


Postura:

Manter uma boa postura pode aliviar a tensão nos músculos da face/mastigação e do pescoço, beneficiando os doentes com DTM disfunções temporomandibulares. Evite segurar no telefone entre o ombro e a orelha e evite apoiar o queixo na mão por períodos prolongados. Ao sentar-se numa mesa ou ao computador, certifique-se de que o monitor esteja ao nível dos olhos; opte por uma cadeira ergonómica para consolidar uma postura mais adequada. Estes pequenos ajustes podem evitar tensão desnecessária na articulação da temporomandibular e nos músculos adjacentes.


Hábitos orais:

Certos hábitos orais podem agravar os sintomas das disfunções temporomandibulares. Reconhecê-los e modificá-los pode fazer uma diferença significativa na melhoria dos sintomas. Mascar pastilha elástica, roer as unhas e usar os dentes para abrir embalagens devem ser evitados, pois podem levar ao aumento da tensão na articulação temporomandibular e músculos adjacentes. Além disso, tente evitar apertar os dentes/mandíbula durante momentos de stresse ou de maior concentração e fique atento à possibilidade de ranger os dentes durante o sono.

Em conclusão, mudanças no estilo de vida podem ser ferramentas poderosas para melhorar os sintomas de disfunção temporomandibular e o bem-estar geral. No entanto, é essencial lembrar que as mudanças no estilo de vida funcionam melhor quando combinadas com cuidados médicos profissionais. Com a abordagem certa e o compromisso de fazer mudanças positivas, as pessoas podem recuperar o controlo das suas vidas e encontrar conforto na gestão mais eficaz de alguns sintomas das disfunções temporomandibulares.
Por Diogo Vilarinho 16 de janeiro de 2025
Tumores da Parótida A glândula parotídea é a maior de todas as glândulas salivares, sendo a mais frequentemente atingida por tumores. Destes, cerca de 80%, são tumores benignos, com os restantes 20% de natureza maligna. Estes tumores na maioria das vezes apresentam-se como massas indolores, de crescimento progressivo e sem outros sintomas associados. O tipo de tumor mais frequente da parótida é um tumor benigno, denominado de adenoma pleomórfico. Apesar de se tratar de um tumor benigno, apresenta um risco de malignização de 1.5% nos primeiros 5 anos, sendo que em tumores com mais de 15 anos de evolução o risco de transformação maligna pode ser superior a 10%. Além do tempo de evolução da doença, existem outros factores de risco importantes como sejam: a idade avançada do doente; ter realizado radioterapia na região do pescoço e da cabeça; tumor de grandes dimensões ou recorrentes. O tratamento de eleição para estes tumores é a cirurgia, com a excisão completa do mesmo. Trata-se de uma cirurgia extremamente delicada e que consiste na separação do tumor do restante tecido saudável, com preservação do nervo facial, o nervo responsável pela mobilidade da face. Tenho um tumor, será que preciso de ser operado(a)? Um estudo recentemente publicado tentou perceber qual o melhor tratamento para os tumores da parótida. Para tal, os autores compararam duas opções de tratamento: cirurgia versus observação/vigilância. Ponderaram os riscos de transformação maligna do tumor e o risco de complicações da cirurgia e anestesia. Chegaram às seguintes conclusões: – abaixo dos 70 anos a cirurgia apresenta menos riscos, sendo o procedimentos de eleição; – entre os 70 e os 80 anos, ambas as condutas apresentam o mesmo benefício; – acima dos 83 anos a opção de vigilância/observação era a mais favorável. Este estudo apresenta contudo algumas questões: – apenas diz respeito a um tipo de tumor da parótida, não se aplicando a todos os outros; – a idade real/cronológica muitas vezes não reflecte o estado geral do indivíduo, devendo ter-se em linha de conta os antecedentes da pessoa e as doenças que apresenta; – o estudo apenas considerou que a indicação para a cirurgia é pelo risco de transformação maligna, mas existem outras indicações, como sejam a deformação facial, o stress/preocupação causado pela presença de um tumor, por exemplo. Estes aspectos não foram equacionados nesta análise. Dr. Tiago Costa
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Envelhecimento da voz O envelhecimento da voz, ou presbifonia, é um processo fisiológico que está relacionado com alterações normais que ocorrem ao nível da mucosa, músculos, cartilagens e articulações. As principais queixas são: – uma voz mais instável, fraca, mais rouca ou soprosa; – diminuição da capacidade de controlar as alterações da frequência e da intensidade; – cansaço fácil quando fala por longos períodos; – quebras na fala; – tensão muscular na região cervical. Estes sintomas habitualmente agravam ao longo do dia, variando o impacto de acordo com as exigências sociais e profissionais de cada indivíduo. Como pode melhorar da sua voz? A abordagem inicial passa por realização de terapia da fala e pela adoção de medidas simples, nomeadamente: aumento da hidratação; não fumar; não pigarrear e reduzir tensão muscular da laringe e da região cervical com exercícios de relaxamento/massagens. A intervenção cirúrgica mais frequentemente associada à melhoria da qualidade vocal, é a injeção de ácido hialurónico nas cordas vocais (à semelhança do que é utilizado para correção de rugas). Trata-se de um procedimento simples e rápido que permite recuperar a qualidade da sua voz e corrigir parte dos problemas. Pode ainda optar-se pela injecção de outras substâncias como hidroxiapatite de cálcio ou ainda gordura, para aumentar a duração do tratamento.
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