A Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAHOS) é considerada um distúrbio respiratório capaz de comprometer a qualidade do sono na medida em que se caracteriza por recorrentes microdespertares noturnos e pausas respiratórias que podem acarretar alterações funcionais, neurocognitivas e psicossociais.
A síndrome é particularmente prevalente em adultos de meia-idade e idosos, ainda que o mecanismo pelo qual a via aérea superior colapsa não seja totalmente compreendido. Sabe-se que a SAHOS é uma patologia multifatorial relacionada com fatores como o sexo, a idade, obesidade, consumo crónico de tabaco e álcool, doenças hereditárias e congénitas, alteração da função muscular da via aérea superior e alterações craniofaciais.
As características clínicas da SAHOS podem ser classificadas como diurnas e noturnas. Entre elas estas as seguintes:
Das principais complicações associadas à SAHOS encontra-se o risco de ocorrência de acidentes laboratoriais e de viação principalmente resultantes da sonolência diurna excessiva.
No entanto, a SAHOS está também associada ao aparecimento ou desenvolvimento de problemas cardiovasculares como: hipertensão arterial, diabetes mellitus, acidente vascular cerebral (AVC), arritmia, insuficiência cardíaca.
A SAHOS é classificada através do Índice Apneia-Hipopneia (IAH) em três níveis de gravidade (leve, moderada, grave) que corresponde à soma do número de apneias e hipopneias dividido pelo número total de horas de sono. Por isso, o diagnóstico preferencial é a polissonografia, no entanto, a oximetria noturna, cefalometria ou escala de sonolência de Epworth, são também meios de diagnóstico aplicáveis.
Em pacientes com retrusão mandibular é comum verificar-se uma redução significativa do espaço aéreo faríngeo, podendo esta alteração anatómica resultar num fluxo de ar limitado. A cirurgia de avanço da mandíbula e concomitantemente do mento resulta num avanço da língua da parede posterior da faringe e uma contração da musculatura da língua junto com a do palato mole. Essa alteração esquelética cria uma modificação dos músculos da cavidade oral limitando a possibilidade de colapsos resultando num aumento do fluxo das vias aéreas.
Com a reposição óssea do complexo maxilomandibular, é esperado que os resultados da cirurgia proporcionem aos doentes uma melhoria na sua qualidade de vida na medida em que a cirurgia permitirá um encerramento da boca adequado, compatível com uma melhor função mastigatória, respiratória e fonação.
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