O Departamento da Tiroide e da Voz do Instituto Português da Face está vocacionado para o diagnóstico e tratamento de doenças da glândula tiroide e da voz.
A criação deste Departamento surge da necessidade de integração tanto ao nível do diagnóstico como do tratamento destes dois problemas que, muitas vezes, se manifestam conjuntamente e que, na grande generalidade dos casos, não são abordados em conjunto.
As doenças da tiroide podem manifestar-se de diferentes formas, nomeadamente:
As doenças da voz podem manifestar-se por:
A tiroide por estar aumentada (bócio) ou apresentar nódulos ou ter cancro, pode interferir nas funções da fala, deglutição e respiração, quer seja por efeitos compressivos ou mesmo invasivos.
As alterações da voz surgem habitualmente por abuso e mau uso vocal, por lesão das cordas vocais (pólipos, nódulos, tumores), mas podem também ocorrer no contexto de um processo fisiológico de envelhecimento (presbifonia) ou porque não nos identificamos com a nossa voz.
Muito frequentemente estes problemas ocorrem após uma cirurgia à tiroide, pescoço ou tórax.
Dadas as múltiplas causas torna-se essencial a existência de equipa multidisciplinar para a sua avaliação e tratamento, onde se inclui a otorrinolaringologia e cirurgia de cabeça e pescoço, a endocrinologia e a terapia da fala. A abordagem integrada permite avaliar a tiroide e a voz no máximo da sua plenitude, possibilitando o melhor tratamento e reabilitação.
As opções de tratamento variam de acordo com a doença em questão e podem passar por terapia da fala e por tratamentos mais ou menos invasivos, sob anestesia local ou geral, como são exemplo a tiroidectomia, a laringoscopia em suspensão para injecção de ácido hialurónico/toxina botulínica nas cordas vocais, a laringoscopia em suspensão para remoção de lesões das cordas vocais, ou ainda a re-inervação laríngea.
A cirurgia à tiroide, denominada de tiroidectomia, é uma das cirurgias mais realizadas na região do pescoço. A abordagem clássica inicia-se por uma incisão no pescoço, que termina invariavelmente numa cicatriz na pele.
Por este motivo, têm sido desenvolvidas várias técnicas endoscópicas, que visam reduzir ou retirar esta cicatriz para outras zonas do corpo.
Uma nova forma de tiroidectomia, por endoscopia, através da boca e sem deixar cicatrizes na pele. Esta nova técnica, apresenta resultados e complicações semelhantes ao procedimento "clássico", ou seja, este procedimento permite obter os mesmo resultados de uma tiroidectomia "convencional" com a vantagem de não ficar com cicatriz no pescoço.
As limitações/desvantagens deste procedimento são:
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